
Cheios de gente
Enclausuradas
Cheias de stress
Amontoadas
Em pequenos cubículos
Com suas máquinas
E seus computadores
E seus chefes
Dizendo-lhes o que fazer
Filas de banco
Pessoas com pressa
Sempre depressa

Filas de hospitais
Cheias de pessoas doentes
Esperando
Para serem chamadas
Tempo é dinheiro
Dinheiro verte
Por entre as massas
Por entre os dias
Por belas casas

Pessoas na rua
Cheias de pressa
Com muita pressa
Em atacado
Prédios enormes
Que adornam os céus
Que fazem parte
Da paisagem
Redecorada
Ataques cardíacos
De pronta entrega

E saturada
Pessoas em carros
Engavetadas
Falando em celulares
Fechando negócios
Etiquetadas
"Uma remessa de stress, por favor!?"
Violência Urbana

Afortunados e miseráveis
Dividindo o mesmo local
A mesma esquina
A mesma estrada
Contraste da cidade
Industrializada
Junto com a paisagem
Danificada

O homem finalmente consegue
Tocar os céus com a palma das mãos
Sentir as nuvens por entre os dedos
Mas ele ao menos
Para pra olhar?
Essa é a era de ouro
Da humanidade
Que dominou o fogo
E inventou a roda
Mas que precisa apenas
De um microondas
Para poder comer...
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