Um lençol de 'te adoro'
Um lençol azul
Azul de estrelas
Azul anil, tecido senil
Ilhado, entrelaçado, inundado
Com estrelas de pérolas e diamantes...
Pérolas do tamanho do sol, diamantes...
Do tamanho das estrelas, estrelas...
Que tem o brilho dos teus olhos, teus olhos
Que olhos, que piscam, num instante
E brilham, galantes,
Como um belo novo par de diamantes...
O lençol que eu teci, tem cheiro...(que cheiro!?)
De novo...(que novo!?)
De limpo... distinto, apaixonado extinto
Das cores que eu pinto...
Que tem um certo cheiro...(que cheiro!?)
Que tem um cheiro, de vinho tinto, derramado...
Propositadamente... por acidente
Pela dama escarlate, do palácio de marfim...
Enfim, tem fim!?
Assim, tem sim... é claro
O claro que esnoba o tato
O fato que envereda o tato...
O tato que esnoba o faro...
O faro, do teu jardim...
Jardim de máscaras...
De todas as cores...
Roxas, pretas, azúis...
Vermelhos rubros e amarronzados...
Esverdeados e amarelados...
Prateados e bronzeados...
E finalmente, dourados...
Pois quem tem bronze, quer prata...
E quem quer prata, quer ouro...
E quem tem ouro, quer diamante...
Pois toda prata, precisa de seu ouro...
E todo ouro, de diamantes... (que diamantes!?)
E todo diamante, de seu venerável possuidor...
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