Desde criança
Vejo motores
E até ventiladores
Carros, árvores e canteiros
Me lembro um dia em que meu pai
Parou um carro, na frente e disse:
Pare!
No começo eu não entendi
Atropelado, eu seria ali
Desde criança
Vejo mudança
E vi que faz parte da vida
E que é a única coisa a não mudar
Desde criança sou politicamente correto com bebês
Oras, dar açúcar a uma criança?
Tem gente que dá, e ainda reclama das drogas
Já viu um menino açucarado antes?
Desde criança
Brigo na escola
Não sei jogar bola
Fiquei na reserva
Ou tento ir pro gol
Desde criança
Adorava pizza com guaraná
Pipoca e cinema, era em casa
No cinema mesmo
Só Tarzan ou Rei leão
Desde criança
Olhava os prédios
E dizia
Um dia, tudo isso será meu
Dele, dela, deles, e de quem sorria
Desde criança
Eu achava que lança-perfume
Tinha um cheiro bom
Que nirvana era uma banda insana
Que me lembra sol e violão
Desde criança, eu me apaixono
Por garotas estranhas, ou cafonas
Bonitas, verdes ou metidas a inteligentes
Desde criança
Nunca fui ao dentista
Nunca tive cáries
Arrancava todos meus dentes
Desde criança
Passei a descobrir...
Que fiquei adulto.
E agora eu cresci.
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Na minha concepção de mundo a Arte é parte do ser humano, uma beleza distinta pode ser encontrada em coisas tão simples como num orvalho da manhã, ou até mesmo numa singela fotografia de dois velhos jogando xadrez, o que eu tento expressar neste blog é exatamente o sentimento humano de se identificar com a Arte da vida e a de admirar o abstrato da Arte em si, o ato de celebrar a vida por si só já é uma expressão de Arte, e por isso a Arte é livre, espontânea, magnífica e bela.
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Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em jeanely@gmail.com.
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Um comentário:
texto branco, em fundo preto... ainda n mudou... minha vista cansa
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