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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Devour.

O que seria de nós sem nossos sujos lençóis?
O pano é plano, branco e infame
O plano é pano, "folie madame."
Insano distante, calor incessante,
Loucura, ternura, prazer intenso e fugaz.
Fugitivo, instintivo, derradeiro e certeiro.
Desordeiro, com receio, olhar sorrateiro
Como um apanhador num campo de centeio.
Descrições à parte da fome que anseio,
Que come pelas beiras, teu seio, e o meio.
Tecendo um ardor com lábios que percorrem
Inteiramente o desejo e o receio,
Que devora, demora, por dentro e por fora.
Até ao todo te consumir.
E até o desejo se esvair, mas ele não se vai.
Pois é o desejo do desejo que atrai.
Desejo que trai,
Até mesmo a você.
Corre pela tua superfície com a ponta dos dedos,
Meus dedos, são dedos.
Teus lábios são lábios, de carne e nervos.

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