Com arroz e feijão
Quero o terror jacobino
O ápice, a paixão
Nossos pés sem tocar o chão
Balbuciar em palavras, em vão
Quero me deliciar com tua vitalidade
Tua palavra, tua pouca idade
Tua juventude tão senil
Teu vinho abrasivo
Que desce rasgando
Como um par de diamantes
Que retém toda a tua dor
Toda a tua fúria
Todo o teu amor
Todo o teu corpo
Todo o teu calor
Tua debilidade
Devorar tua língua sem remorso
Percorrer meus lábios pelo teu ócio
Te destilando todo o meu ópio
E ver tua pele arder
E tua essência perecer
Derreter meus dedos
Por entre teus favos
Percorrer teus segredos
Por entre os teus lábios
Por entre os teus seios...
E te soprar nos ouvidos
Que meu desejo, não irá terminar...
Nem tão cedo, nem tão breve.
Até onde minha vida leve.
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