Este fim de tarde me banharei ao pôr do sol, e lavarei todas as minhas angústias e incertezas, pois lembrarei da alvorada que está por vir, após a escuridão, doze horas de profunda beleza, perfeitamente simétricas, Lua e Sol, o sol que fornece a luz, tocando o mar com excelente beleza e majestade, a Lua que oferece seu brilho de tal forma que ilumina fragmentos de luz aleatórios dispersos pela vasta escuridão 'azul-escura', reluzindo sua beleza através de eras até tudo se tornar poeira de imortalidade, onde almas e corpos se chocam no vácuo sem fazer nenhum barulho, e tudo volta ao seu devido lugar, na mais bela entropia que se justifica sendo uma tentativa eterna do universo de colocar tudo e à todos em seus lugares pertencentes, magnificamente aleatório, olhando de um observatório de um abraço apertado da poeira cósmica, e um beijo terno dos imortais, onde a beleza se detém no oxigênio e na umidade atmosférica passando das narinas, brônquios e pulmões, até vasos sanguíneos coração e cérebro, e depois inebriantemente bombeando à todo corpo tocando os lábios perpétuos da imensidão silenciosa e eloquente.


"A imortalidade é como um beijo atenuado no pescoço."
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